quinta-feira, 31 de março de 2011

Solitário

Já ficou em frente ao espelho à espera de respostas? Já passou horas na frente de um computador esperando alguém aparecer? Já ficou noites sem dormir à espera de um corpo pra te aquecer? Já badalou por horas e chegou no outro dia em casa sentindo falta do que não se tem? Perguntas comuns... fatos reais.

Que graça tem viver a vida sem alguém para dividir, amparar, dar colo?! Ouvinte apenas ou um ombro solidário... Apesar de sabermos que o ser humano é independente, no fundo, dependemos de algo ou alguém. Ninguém vive sozinho a vida toda, a solidão é deprimente.

Qual atitude tomar, quem procurar? Um psicólogo... não há mal algum. Os outros pedem calma, paciência... até quando? A vida pede urgência, já falei isso aqui em algum post, apesar de nem tudo ser pra já. Os anos passam, as pessoas amadurecem, envelhecem, casam, tem filhos... a perfeita história das novelas. Mas, no reality show, nem sempre é assim.

Até quando? Ser solitário é uma escolha ou falta de opção? Onde está o problema... em nós ou nos outros? O que buscamos, o que realmente queremos? Alguém para mostrar aos outros ou alguém que realmente cuide, que faça bem, que se doe por inteiro, que seja cúmplice, um parceiro de todas as horas? Hora de repensar!

Falta de um bem, um xodó... Falta de algo concreto, válido... Enquanto isso... tratemos de ocupar a cabeça com atividades que nos esgote, com o que gostamos... É preciso foco, fuga. A vida segue seu fluxo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nada gélida

O que fazer quando o seu maior segredo está à beira de ser descoberto? Você passa anos e anos construindo uma imagem defensiva e quando menos espera o seu verdadeiro eu procura a liberdade? Continuar calando-o ou deixá-lo sair do armário? Totalmente perdida.

Todos te veem (fazendo uso da nova regra ortográfica) como uma pessoa gélida, mas de gélida você não tem nada. O seu sangue ferve, o seu coração bate na frequência de uma escola de samba ou da Timbalada, Olodum... Por trás da casca, a sensibilidade em pessoa. E agora, o que fazer?

Vale à pena despir-se em pleno século XXI onde tudo é descartável ou continuar afogando o seu verdadeiro eu, um tanto barroco e ao mesmo tempo romântico? Um eu confuso, conflitante... em guerra. Ouço gritos saindo do meu peito, um coração quente e uma pele fria... urgência.

Todo corpo precisa manter a alma aquecida, preciso aquecer a minha. Tenho medo. Hematomas e feridas não cicatrizadas, retrato do meu coração. Quantos corações iguais ao meu perdidos por aí? Gelo, curativos... não é como a página de um caderno que podemos arrancar e recomeçar do zero. Nesse caso, tornamo-nos escravos de tais recursos terapêuticos.

Continuar escondida ou viver a vida? Solitária... talvez até mesmo, esquecida. É chegada a hora de abaixar as armas e deixar a chama do coração aquecer a pele? Ou continuar como um vampiro... gélido? Falta um par, um cúmplice, um amigo. Enquanto isso, aguardo o dia que alguém aceite o desafio. Day by day...