domingo, 14 de novembro de 2010

O preconceito acompanha a evolução?

Como o próprio nome já diz, preconceito é um conceito preconcebido por um ser ou pela sociedade, e sua manifestação está ligada à ignorância quanto ao conhecimento de tal situação. A palavra é usada no dia-a-dia e sua manisfestação também. Uma pena, em pleno século 21, o preconceito ser tão forte e inescrupuloso.

Jovens que acham graça queimar um índio, isso na capital do país. Torcidas organizadas que matam torcidas adversárias por amor ao time, não acredito nesta forma de amor. Proibições por causa da cor da pele, skinheads, bullying. Qual a nova moda?

A cada dia, novos casos nos noticiários. Em todos jornais e sites, a última ação dos jovens inconsequentes da metrópole São Paulo. Jovens de classe média atacam outros jovens na madrugada deste domingo na Av. Paulista. Motivo? Homossexuais. Atitude lastimável!

Mais revoltante é ouvir a mãe de um dos agressores, menor de idade, que se o filho dela teve tal atitude foi porque se sentiu agredido moralmente. Onde vamos parar? Se o exemplo que o filho tem em casa é este, ele será mesmo um infrator e inconsequente.

Dai a pergunta, o título do post, 'o preconceito acompanha a evolução'? Fiquem com suas reflexões. O preconceito está impregnado na sociedade, novas manifestações por minuto, divulgadas ou não e a tendência infelizmente é piorar.

Li outro dia a entrevista da Lea T, transexual e filha do ex-jogador Toninho Cerezo. Foi descoberta pela Givenchy e tem feito sucesso no mundo da moda. Em um dos trechos falou da manifestação da sua família quanto a sua escolha e que preferiam que fosse gay a transexual. Vi explícito um novo preconceito, melhor um filho gay a um filho transexual. Outro trecho que me fez refletir, "Nós transexuais nascemos e crescemos sozinhos. Após a operação, nascemos de novo, mas mais uma vez sozinhos. E morremos sozinhos. É o preço que pagamos". Portanto, podemos concluir que o preconceito acompanha sim a evolução, está entranhado. Mudança urgente!

Gay e reality show, saldo positivo e negativo. O único que mostrou e cobrou do país respeito foi o Jean Wyllys, um baiano arretado que soube consquistar o seu lugar. Depois do BBB, colheu bons frutos e mais do que isso respeito. Fora da mídia direta, mas por trás de colunas de revistas, quadros de programas, escrevendo e hoje na política. Um representante digno de aplausos, desculpe-me os outros.

Revistas masculinas realizando o fetiche da grande maioria dos homens, duas mulheres. Clicks sugestivos, um recheio bastante vendável. Artistas utilizando a mídia para fazer revelações quanto a bissexualidade, uso a denominação de um compositor baiano, totalflex. E ainda assim, continua o preconceito.

Ser homossexual ou simpatizante do GLBT não é estar na moda, é ter coragem e assumir a escolha que fez. Cada um tem direito de escolha, o ser humano é livre. Quando os versos do John Lennon tornarem-se reais poderemos... 'imagine all the people living life in peace'.

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