terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pop tem espaço na Bahia?

Hoje não seria dia de post, mas comentários e declarações no FB do meu querido Thiago Hanna me fez vir aqui compartilhar com vocês o que penso a respeito da declaração que gerou um tamanho tititi.

'Pra variar banda de pop/rock em Salvador eh vista como duble de filme porno gay...a galera entra com o dialogo mas na hora de dar a bunda quem sobra???'

'Pra frente Salvador, 2010 e ainda com esse papinho de terra do axe, AQUI TEM MUITO MÚSICO BOM, AQUI EH TERRA DA MUSICA NAO DO PAGODE! TENHO DITO!'

Se voltarmos no tempo veremos que antes do pagodão e da axé music, a Bahia era conhecida pela qualidade da música popular brasileira que era composta e cantada aqui, exemplo disso é Gilberto Gil, Caetano, Maria Bethânia, Gal Costa, Dorival Caymmi, os mesmos continuam até hoje sendo cantados em todo Brasil e até mesmo fora.

Ok, a axé music tem 20 anos de história e hoje em dia é o carro chefe do estado, é o produto mais exportado. A sua comercialização é bem mais fácil comparada a outros gêneros. Um leque de artistas... Luiz Caldas, Daniela Mercury, a extinta Banda Mel, Netinho, Ivete, muitos nomes e vários talentos repetidos, fake de vários outros. A cada dia, novas bandas... e o mais hilário é que fazem sucesso, sabendo cantar ou não... é vendável. No entanto, destaco um artista inteligentíssimo e com um projeto apaixonante, Tomate.

Um grande nome, Carlinhos Brown ou Carlitos Marrom, como preferir. Com nome dentro e fora do país, Carlinhos é o típico baiano que respira música e faz muito bem à música. Canta os orixás com conhecimento do que faz, toca os atabaques como ninguém. Pai de uma das maiores paixões dos baianos, a Timbalada. Brown é o cara que não discrimina a música e que briga por ela. Para ele a música não é só um gênero e sim, o mix dela. Pincelar em cada segmento e fazer bom som, este é o Carlitos Marrom.

O músico baiano às vezes não tem escolha, tocar pagode ou axé é a única saída e o mais lucrativo. O mercado é mais aberto para estes gêneros. Para os músicos que não se adequam a imposição da Bahia a saída é seguir para outros estados ou até mesmo para fora do Brasil, uma pena. Vivemos num estado tão acolhedor... está mais do que na hora de valorizarmos o pop nativo, a surf music e vários outros gêneros musicais da terra.

Lembremos do grande Raulzito, o maluco beleza que encantava a todos com sua críticas em forma de música. Galera do pop, não devemos deixar a peteca cair(me incluo já que é o gênero musical que canto), nada de moscas em nossa sopa... não diga que a canção está perdida... fé em Deus, fé na vida.

Aos empresários deixo a pergunta, todos artistas de pop têm mesmo que ir embora da Bahia, como fez a Pitty, para ganhar espaço na música? Reflitam... Infelizmente só valorizamos quando perdemos e na música, não costuma ser diferente. Passem a olhar ao redor, aqui tem muito artista de pop, pop/rock bom o que falta é oportunidade. Fica a dica!

Um comentário:

  1. É O POP EM SALVADOR ATE QUE É BOM, MAIS EU SÓ SEI QUE ESTAS SIGLAS P.O.P PRA MIM ESTAR SIGNIFICANDO OUTRA COISA: "PRA ONDE PORRAA" EU VOU DIA DE SEXTA EM SALVADOR, COMEÇA LOGO OS ENSAIOSSSSSSSSSSSS.

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